10 de junho de 2008

Roma

ROMA – Cultura do Senado

Os etruscos, povo que está na origem da civilização romana, desenvolveram esta cultura com base em influências de vários povos, como a Grécia.
No séc. III há um domínio de Roma sobre Itália, transformando-se numa potência mundial, mas a sua grande ambição é dominar o mar mediterrâneo e as rotas comerciais. Isto é conseguido através das guerras púnicas, que vencem contra os cartagineses. Continuavam no entanto a anexar outras regiões do seu interesse como a Grécia e o Egipto, conseguindo assim construir um grandioso império, o “maré nostrum”.
Dado este domínio do mediterrâneo, as trocas comerciais resultam em trocas culturais o que resulta na influência recebida de povos asiáticos, gregos, persas, etruscos, egípcios e mesopotâmicos. Os romanos vão ser capazes de harmonizar as suas necessidades ao estilo de vida, aproveitando as influências destes povos e resumindo-os numa síntese criativa.
A cultura romana vai ter algumas características próprias como a inteligência positiva, visão pragmática, espírito político, gosto pelo poder, sentido histórico e uma tendência para a monumentalidade e opulência.
O apogeu de Roma vai ser durante o período do Império (antes tem a monarquia e a republica), que surge como a melhor solução para a crise político-social que se havia instalado na sociedade romana. O império só dura devido á “pax romana”, um exército que impunha aos povos anexados os valores da romanização (estradas, língua…).
Os romanos construíram uma economia urbana e comercial e para a regular vão introduzir a moeda, daí ser uma economia monetária.
O imperador mais marcante foi Octávio César Augusto. Este tinha o controlo administrativo, direito a veto, era sacerdote supremo e tinha o poder militar. Imperador = suma dos poderes.
É nesta época o apogeu de Roma e o desenvolvimento de vias de comunicação (estradas/pontes), abastecimento de água (aquedutos), saneamento (esgotos), desenvolvimento urbanístico, da agricultura e comercio e criação do direito público, privado, internacional e penal.
O declínio do império resulta da instabilidade social e política que se vai sentir e da pressão dos povos bárbaros sobre as fronteiras.

personalidades importantes


César Augusto – imperador
Cícero – orador
Vitrúvio – arquitecto
Virgílio – poeta
Nero – imperador
Trajano – pai de Adriano; imperador
Adriano - imperador













ARQUITECTURA – república

É a arte que melhor documenta a originalidade e o génio inventivo dos arquitectos. Marco Vitruvio, arquitecto romano, escreve os Dez Livros da Arquitectura que apresentam uma visão técnica e estética da arquitectura – solidez, utilidade, beleza e dignidade. Atribui-se-lhe a primeira forma de teorização da arquitectura.
Esta primeira fase caracteriza-se pelo funcionalismo, pragmatismo, criatividade e inovação. Distanciam-se do helenismo grego pela variedade e plasticidade dos materiais utilizados, os tradicionais e uns mais económicos, o opus, que permitem a construção de coberturas abobadadas e paredes arredondadas. A argamassa foi uma das maiores inovações, era introduzida numa cofragem de modo a formar elementos construtivos que eram posteriormente revestidos para disfarçar o trabalho final pouco decorativo, o que é também uma originalidade; bem como a criação de novos sistemas construtivos com base no arco de volta perfeita (abobadas de berço, arestas, cúpulas e arcadas). Foram os primeiros a utiliza-los com inteligência arquitectónica.


ARQUITECTURA – imperial

Uma das grandes preocupações da arquitectura nesta época vai ser o planeamento urbano, que nasce devido aos problemas de ordem politica, militar e económica. Foi implementada com um forte carácter ornamental e monumental, sendo Roma o “exemplo” para as outras cidades. A arquitectura é criada á medida do império.



Pública e Utilitária

Era uma arquitectura para a população que traduzia o desejo de poder e grandeza deste povo.
O fórum é uma tipologia que se insere nesta categoria de arquitectura. Em Roma existem vários fóruns, resultados da passagem de vários imperadores (glória eternizada). O fórum é o centro da vida urbana que tem um carácter político, é local de propaganda política. Podiam ser aumentados com anexos quando já não eram grandiosos o suficiente.
Nos edifícios administrativos destaca-se a cúria e o tabularium e nos públicos a rosta e o coliseu.
A basílica é um edifício tipicamente romano que se caracteriza pela sua construção em abobadas de aresta e cúpulas. Tinham função de tribunais, mercados, bolsas de mercadores, cúrias e palácios…
Anfiteatros eram construções ligadas ao lazer, que tinham plantas circulares ou elípticas, normalmente sem coberturas, erguiam-se em vários andares. Um bom exemplo é o Coliseu de Roma, onde se realizavam espectáculos de gladiadores vs. feras.
As termas serviam para o convívio e trocas de informações, podendo ser frequentadas por ambos os sexos, possuíam vestiários, bibliotecas, ginásios e jardins de repouso. Ostentavam o poder político com ricas decorações de mármore, azulejo e estuque dourado.

Religiosa

Tinha funções religiosas, políticas e sociais. O politeísmo deu origem a vários templos, santuários e altares.
Templos – erguiam-se sobre um pódio e possuíam em carácter frontal. A fachada era assinalada por um pórtico e pelas escadarias de acesso ao templo. A planta era rectangular (influências gregas). Utilizavam só um estilo nas colunas como elemento decorativo.
Santuários – mesmas características dos templos mas uma escala maior. Panteão (melhor obra conservada da humanidade) – objectivo unificar o império, tinha vários deuses, era um santuário para ser aberto ao público.

Privada

Menor importância, mas da mesma genialidade. nao acabei porque nao e imporatne.


Comemorativa

Eram construções criadas para assinalar as façanhas politicas e militares dos imperadores e grandes oficiais.
Colunas comemorativas tinham baixos-relevos e retratavam a história da pessoa em questão, rituais dos vencedores. Os arcos do triunfo por vezes tinham colunas comemorativas adoçadas, partiam do arco de volta perfeita e podiam estar colocados em locais isolados ou á porta das cidades. Quem era aclamado deveria fazer um cortejo.


PINTURA

A pintura reflecte o modo de vida e o modo de ser da população romana.
O principal conjunto de pintura romana pode ser encontrado em Pompeia e Herculano.
A pintura vai ser uma síntese de influências egípcias, gregas e etruscas, que se aliam ao sentido prático e realismo. Os temas são triunfais, mitológicos, natureza-morta e paisagens.
As tipologias que podemos encontrar são pintura mural (frescos), mosaico (formas suásticas primeiro no chão e depois em paredes), e de cavalete (em tela ou madeira em eucastila ou tempera).
A pintura subdivide-se em quatro fases. A primeira fase é caracterizada pela influência helenística. As figuras são serenas e elegantes (lísipo e policleto) e mostraram o contraposto e a temática sobretudo mitológica. No segundo estilo o artista pretende criar espaços ilusórios. Para tal, ele utiliza elementos arquitectónicos em perspectiva, que pretendiam criar espaços onde estes não existiam, através da pintura (alongar espaços). O terceiro é uma evolução do segundo com maior exploração do trompe l’oeil e maior complexidade. Fundos negros com motivos ornamentais muito pequenos marcam a irracionalidade. O segundo e terceiro estilos são os que marcam o período áureo e criativo da pintura romana. O quarto estilo é uma fase já de decadência. É uma síntese dos 2º e 3º mas com cores vivas, efeito teatral, fantasista e cenas minúsculas.


ESCULTURA

O gosto que a escultura grega suscitou nos romanos levou-os a “importar” e copiar estas obras. O retrato é uma destas influências, mas os romanos elevam-no a um carácter mais realista (realismo emocional), favorecendo as marcas pessoais e desfavorecendo a estilização e o ideal de beleza grego. A combinação da tradição helenística e etrusca associa-se ao sentido prático e realista dos romanos.
A escultura passou por três fases. A primeira ocorre no apogeu de Roma. O retrato (propaganda politica) era produzido em bronze ou pedra ou até cunhado em moedas para ostentar o poder imperial. As esculturas elevavam o braço direito, um símbolo romano que mostrava a autoridade, poder e justiça (gesto típico romano, contraposto, robustez, rosto sereno). A segunda fase é a partir do período dos flávios, no alto do império, os retratos tornaram-se ainda mais realistas acentuando o carácter fotográfico. A terceira fase corresponde á decadência do império. As obras têm influências orientais, hieratismo e frontalidade, o que origina a falta de movimento.
Para além do retrato tinham a estatua retrato, estatua equestre, relevos historiados. Serviam-se ainda do retrato para um culto doméstico, moldes de rostos dos antepassados = JUS IMAGIUM.

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