10 de junho de 2008

Grécia

GRÉCIA – Cultura da Ágora

A Grécia foi a primeira civilização do período clássico. Dispunha de uma localidade geográfica favorável ao comércio e também á comunicação com outros povos.
O povo grego resulta de um cruzamento étnico e de heranças dos povos das civilizações pré-clássicas (aqueus, eólicos, dórios e jónios). Evoluem devidos a condições geográficas, étnicas, socio-económicas, politicas (cidades estado e exércitos poderosos), religiosas (politeísmo), culturais (filosofia, racionalismo e antropocentrismo) e artísticas. Acabam por ser uma síntese dos povos do mar egeu.
Dividem o conceito de arte em ética/estética, politica/religião, realismo/idealismo, técnica/ciência, mantendo-o ligado á racionalidade, funcionalidade e também as qualidades étnicas.
Divide-se a arte em período arcaico (séc. VIII a.C. – inícios V a.C.), clássico (séc. V a.C. – IV a.C.) e helenístico (séc. III a.C – era cristã).
Personalidades

Platão e Aristóteles – filosofia
Esquilo e Sófocles – teatro
Heródomo – pai da História
Péricles – líder democrático
Policleto, Lísipo, Praxiteles – escultura
Lisípedes – cerâmica
Hipódamo – urbanista
Ictinos e Calícrates – arquitectos
Alexandre Magno – rei da macedónia






PERIODO ARCAICO
ARQUITECTURA

As primeiras construções eram em madeira, só a partir do séc. VII a.C. começaram a ser em pedra.
Os edifícios podiam ser religiosos, administrativos, políticos ou comerciais. Tinham influências de povos das ilhas cíclades, Creta, aqueus e dórios.
A arquitectura religiosa esta ligada a crenças, ritos mágicos e culto dos Deuses. A tipologia que mais de destaca é o templo (evolução do templo folha aparte).

Existem três ordens arquitectónicas: dórica (formas geométricas, mais rígidas, desprovidas de decoração, hieratismo, aspecto pesado e maciço); jónica (movimento, linha curva, realismo substitui hieratismo, mais esbeltoas e decorativos, com volutas) e coríntia (período helenístico, mantém dimensões jónicas mas é mais decorado, capiteis em forma de folhas de acanto).

ESCULTURA

As primeiras construções escultóricas apontavam para o séc. IX a.C. a VIII a.C., sendo estas em madeira apresentando divindades (xoana e xoanon) com influências mesopotâmicas, poses hirtas, braços colados ao tronco do corpo (influências egípcias e creto-minóicas).
Dois séculos depois, a segunda fase deste período aponta para uma estatuária mais ousada e sedutora (kouros e korés). Os kouros com ombros largos, peitorais definidos, cintura delgada e ventre liso, braços imóveis, punhos cerrados, pernas como suporte do corpo (uma mais avançada que a outra) e olhos salientes. A koré é vestida com cores luminosas, vivas e cintilantes, cabelos em tranças soltos pelo vestido.
As características comuns ás esculturas são a libertação da lei da frontalidade e da lei da imobilidade, da simetria, apesar de não perder a rigidez (braços começam a libertar-se do corpo).

PERIODO CLÁSSICO
ARQUITECTURA

As obras são harmoniosas e equilibradas.
Surgem novas tipologias ligadas às necessidades da população, como teatros, ginásios e stoas.
Cada construção tinha a sua função e a cidade dividia-se em área sagrada (templos, santuários e acrópole), área pública, a ágora (zona social) e área residencial.

Hipodamo foi o primeiro grande urbanista, inova na organização de espaços.

ESCULTURA (arte grega por excelência)

Tinha funções atléticas, politicas, funerárias, ornamentais e religiosas.
A evolução da estatuária deu-se da seguinte forma:
Estilo severo – distingue-se pela diminuição das dimensões, início do trabalho em perspectiva, soltando-se do bloco (escorço), abandono do estaticismo e adopção da mobilidade;
Transição – descoberta do contraposto. rosto mais sereno.
Tratado de Policleto – altura da cabeça é 1/7 do corpo, atletas robustos com um ligeiro movimento de ombros.
Tratado de Lísipo – cabeça 1/8 do corpo, obras esbeltas e elegantes.

Devido á guerra de Peloponeso (que os gregos perderam), dá-se uma crise politica e consequente queda de Atenas. Os trabalhos de Praxiteles perdem a noção épica. Apresentam ternura, erotismo com um contraposto bem acebtuado, a curva praxiteliana. Escopas é um autor que também marca este período com obras de expressão patética através da deformação do rosto.


PERIODO HELENSÍTICO - nao fiz porque nao é o mais importante



EVOLUÇÃO DA CERÂMICA

A cerâmica foi fundamental para o conhecimento dos povos, culturas e tipos de arte.
Tinha as mais diversas utilizações – ornamentação, rituais funerários, uso pessoal.
É um dos melhores testemunhos da cultura, religião e da vida das civilizações antigas, sendo um dos primeiros suportes em que o homem se manifestou.
1º Estilo geométrico – recipientes com motivos geométricos, ziguezagues, cruz suástica com a pintura a negro no fundo rosáceo.

2º Estilo arcaico – influencias orientais, com silhuetas estilizadas; arcaico recente – elegância, sofisticação, com detalhes anatómicos

3º Estilo clássico – é o apogeu técnico, estético e conceptual. Mantêm-se as figuras negras mas surgem figuras vermelhas em fundos negros. As pinturas têm cenários naturais ou arquitectónicos.

Séc. IV a.C. há uma variedade de estilos decorativos, alguns autores associavam fundos amarelos ou brancos ás pinturas.

Período helenístico – por varias razões a cerâmica perde a sua importância banalizando-se.


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